sábado, 20 de dezembro de 2008

Presente de Natal antecipado.


O Natal é uma das festas mais importantes do cristianismo, ele celebra o nascimento de Jesus Cristo. A festa é celebrada no dia 25 de Dezembro pela Igreja Católica Romana, pela Igreja Anglicana e por alguns grupos protestantes e no dia 7 de Janeiro pela Igreja Ortodoxa.
Mas hoje em dia o Natal é muito mais do que isso, é a festa da família por excelência, quando nos libertamos um pouco mais do nosso eu e nos viramos um pouco mais para os outros, sobretudo para os que estão perto de nós.
Afinal o Natal até pode ser quando nos apetecer, e hoje foi o meu Natal.
Eu que era para ir ao médico às seis da tarde e não fui, que era para jantar com uns amigos e colegas de trabalho e não fui, acabei por ir jantar sem saber muito bem porquê à Taverna dos Trovadores onde uma série de amigos faz o favor de nos acolher à dois anos. A Taverna tem feito um pouco parte da minha vida e da minha filha em muitos dos finais de semana dos últimos dois anos.
Vivi ali momentos maravilhosos, fiz ali amizades que durarão para sempre, já tinha inclusivamente deixado escapar ali algumas lágrimas fruto de uma ou outra coisa que me trazia à mente este ou aquele momento mais importante.
No entanto estava longe de imaginar que poderia viver ali um dos melhores Natais da minha vida.
Sim é verdade, se o Natal comemora o milagre do nascimento de Jesus, hoje houve como que um verdadeiro milagre e o meu Natal aconteceu e posso garantir-vos que foi um daqueles Natais que jamais esquecerei, um momento único, daqueles que nos marcam.
Quase no final de uma noite que estava já por si a ser fantástica, eis que o meu amigo Charraz pede cinco minutos de silêncio, pois iria acontecer algo de muito bonito nos momentos seguintes, pois também ele tinha ali conhecido dois amigos, daqueles que ficarão para sempre, e eu à espera de ver quem eram e embora a sala estivesse cheia, e já com o Zé Manel em palco, não conseguia vislumbrar dois amigos para subirem a palco com ele, e não poderia.
Afinal um dos amigos era a minha filha e que juntamente com ele e com o resto do grupo iriam dedicar-me uma canção do André Sardet (Adivinha o quanto é que eu gosto de ti?).
Fiquei sem qualquer tipo de reacção e nem poderia, afinal a única coisa que consegui fazer no momento foi deixar escapar algumas lágrimas de alegria, orgulho e sobretudo de muito amor.
Obrigado ao Charraz pelo presente magnifico.
Obrigado amor por gostares de mim assim, obrigado por gostares simplesmente porque gostas e por ser tão bom viver assim...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Parabens Pimpolho!...


O nosso "Pimpolho" faz 14 anos.
São catorze anos de muitas coisas, muita felicidade, muita alegria, muita cumplicidade, muita força, alguma amargura também, mas sobretudo uma enorme capacidade de compreender, acarinhar e amar.
Por tudo isso, deixa ver se consigo encontrar catorze adjectivos que a caracterizam:
- Alegre
- Bonita
- Corajosa
- Determinada
- Estudiosa
- Graciosa
- Irreverente
- Lutadora
- Notável
- Perseverante
- Querida
- Responsável
- Simpática
- Verdadeira

Parabéns Filhota…

sábado, 6 de dezembro de 2008

Traído pelo coração...


Literalmente traído pelo coração, afinal é suposto ele trabalhar e bater, mas que bata dentro dos limites aceitáveis, agora de um momento para o outro armar-se em Chico Esperto e começar a saltitar qual bola saltitona rua abaixo, isso é que já não é coisa que se faça a uma pessoa.
De qualquer forma a “arritmar” que seja no hospital, pelo menos assim sempre temos alguém à mão para nos ajudar a controlar a corrida…
O coração funciona mais depressa que o normal. Isto dá lugar paradoxalmente a uma descida da quantidade total de sangue expulsa pelo coração, pois, funcionando tão depressa, não tem tempo suficiente para encher-se de sangue antes de o expulsar para as artérias. Como funciona muito rapidamente um gajo sente-se a enjoar e quase que chega a perder o conhecimento, devido a não chegar ao cérebro sangue suficiente. Fónix…
Explicou-me o senhor doutor que sofria de "Taquiarritmias Supraventriculares". Fiquei todo satisfeito a olhar para ele e vá de perguntar que raio era isso, a saber… existe na aurícula direita do coração uma espécie de director de orquestra que se chama nó sinusal. É ele que marca em condições normais o número de pulsações por minuto do nosso coração, enviando periodicamente um impulso eléctrico para um sistema de condução propagando-o a todo o coração. O resultado desta propagação é o pulsar do coração. Quando o director de orquestra ou nó sinusal fica nervoso (vá lá saber-se porquê?), anda mais depressa que o normal e portanto o coração pulsa a uma frequência superior a 95 pulsações por minuto, ora neste caso a contra-ordenação era muito grave pois apresentava um resultado de 147 batidas, nada que uma boa dose de “amiodarona” não resolva. Fiquei ainda a saber que podia ser pior, afinal existe, outro tipo de taquiarritmia sinusal que é o aparecimento de extra-sístoles . Neste caso, o director ou nó sinusal funciona perfeitamente, mas há algum aprendiz de director pelas aurículas que de vez em quando se adianta ao seu ritmo. O resultado é uma pulsação antecipada, que se pode sentir como falta de uma pulsação, ainda que não seja realmente assim. O aprendiz de director chama-se foco ectópico. Quando este aprendiz de director enlouquece, sobe às barbas do nó sinusal e não o deixa dirigir, o resultado é que todas as pulsações do coração são antecipadas, quer dizer, extra-sístoles. A isto se chama taquicardia auricular . No caso de em vez de um aprendiz haver vários querendo dirigir, estabelece-se um autêntico caos. É o que se chama fibrilação auricular . Neste caso as aurículas podem contrair-se até 500 vezes por minuto, mas o ventrículo não costuma passar das 150 pulsações por minuto, graças a um filtro entre as aurículas e ventrículos travando as três quartas partes dos impulsos auriculares.
Resultado por causa dos gajos não perceberem nada de música uma pessoa pode entrar em paragem cardíaca e ir desta para melhor.
Garanto que vou passar a ir com maior frequência e atenção à Opera…

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Aprendi...


Quando te foste embora…
Aprendi muita coisa:
Aprendi a separar o bem do mal;
Aprendi que tenho de fazer escolhas;
Aprendi a viver de forma independente;
Aprendi a apoiar os que mais necessitam;
Aprendi que o Mundo nem sempre é justo;
Aprendi a enfrentar a vida de cabeça erguida;
Aprendi o quanto as pessoas significam para mim;
Aprendi a perder com ousadia e a vencer com classe;
Aprendi a perdoar, deixando todo o orgulho para traz;
Aprendi que de um momento para o outro tudo pode desaparecer;
Aprendi a gostar de mim, tal qual como sou: Com defeitos e virtudes;
Aprendi a vivê-la com um sorriso nos lábios por muito difícil que seja;
Aprendi que a vida é demasiado curta, para perder tempo com ninharias;
Aprendi afinal a fazer tudo o que fazia contigo!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Recomeçar...


Hoje ao ler um Blog de algúem que vive sentada numa nuvem, deparei-me com um poema maravilhoso de Carlos Drumont de Andrade, ele fez-me pensar que afinal somos apenas elos de uma corrente e o quanto dependemos uns dos outros para podermos "sobreviver".
Afinal uma amiga publica algo que eu dou de bandeja a uma outra e que provavelmente me encaixava na perfeição. Bem hajam por fazerem parte desta corrente, vamos lá RECOMEÇAR...

Não importa onde você parou…
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado…
Chorou muito?
foi limpeza da alma…
Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia…
Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos…
Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora…
Pois é…agora é hora de reiniciar…de pensar na luz…
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal
Um corte de cabelo arrojado…diferente?
Um novo curso…
ou aquele velho desejo de aprender a pintar…desenhar…dominar o computador…
ou qualquer outra coisa…
Olha quanto desafio…
quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.
Tá se sentindo sozinho?
besteira…tem tanta gente que você afastou com o seu “período de isolamento”…
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para “chegar” perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza…
nem nós mesmos nos suportamos…
ficamos horríveis…
o mal humor vai comendo nosso fígado…
até a boca fica amarga.
Recomeçar…hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Ir alto…sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
queira coisas boas para a vida…
pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos…
se pensamos pequeno…
coisas pequenas teremos…
já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor…
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental…
joga fora tudo que te prende ao passado…
ao mundinho de coisas tristes…
fotos…peças de roupa, papel de bala…
ingressos de cinema, bilhetes de viagens…
e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados…
jogue tudo fora…
mas principalmente…
esvazie seu coração…
fique pronto para a vida…
para um novo amor…
Lembre-se somos apaixonáveis…
somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes…
afinal de contas…
Nós somos o “Amor”…
” Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”
Za

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Um sorriso...


Estava uma tarde escura e fria. Aquele hospital parecia vazio, tudo à sua volta estava sem cor, sem vida. A revolta era o sentimento que predominava. Várias perguntas lhe passaram pela cabeça – Porquê a ela, porquê? – Mas nenhuma tinha resposta.
Olhou para ela com um ar triste e disse: Meu amor amarte-ei para sempre!
Saiu do quarto do hospital e foi até à rua, aquele caminho de cinco minutos parecia interminável. Andar após andar até que teve de parara para reflectir e sentou-se nas escadas, e ali ficou sem qualquer tipo de reacção, chorava apenas.
Muitas pessoas passaram, ninguém foi capaz de parar para ajudar, para perguntar se algo se passava, se estava tudo bem. Até que de repente vindo do nada ouviu uma voz carinhosa a dizer: O senhor está bem? Passa-se alguma coisa?
Ele olhou à sua volta e viu uma senhora velhinha, baixinha com um enorme sorriso nos lábios. Sentou-se ao pé dele apenas a sorrir e a acariciar-lhe as costas, não fez mais nada, ficaram assim durante mais de vinte minutos.
Ao fim desse tempo ele olhou para a senhora e disse:
“ Obrigado pelo seu sorriso!”
Obrigado a todos os que mudaram a minha vida com um simples sorriso.

Patrícia

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Alguém...


Muitas vezes quando estou sozinha
Queria ter aqui alguém
Alguém especial
Alguém para me acarinhar
Alguém para me acalmar
Alguém que simplesmente esteja aqui

Alguém que fosse alguém
E esse alguém és Tu.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Palavras...


As mais belas palavras de amor foram-me ditas no silêncio dos teus beijos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Bem hajas por tudo...


Felizmente tenho tido o prazer de durante a minha vida fazer bastantes amizades, sou nesse aspecto um sortudo, afinal muitas vezes temos muitos conhecidos, mas poucos amigos, mas mesmo assim dentro de todos estes há ainda aqueles que fazem parte do nosso Mundo de uma maneira ainda mais especial, daqueles que sabem fazer parecer muito fácil a vida por mais complicada que ela seja, sábado à noite estive num jantar com alguns desses, e tive oportunidade de partilhar com eles a minha aventura de sexta-feira passada e de como nesse dia os amigos foram tão importantes para mim, especialmente um deles.
Na sexta-feira as coisas complicaram-se contigo, o meu dia foi passado entre o hospital, casa, hospital, trabalho, hospital, bem um daqueles dias negros...
Páginas tantas dou por mim, sentado nuns degraus da escada do hospital, completamente perdido e sem fazer a minima ideias de como sair dali. Por lá fiquei durante umas boas dezenas de minutos e a única coisa que me ocorreu fazer foi chorar, chorar sem parar de desilusão, de cansaço, de desespero.
E foi no meio deste turbilhão de sentimentos que o telefone toca, do outro lado uma voz amiga a perguntar onde e como é que eu estava, a resposta saiu curta dolorosa e chorosa, e lembro-me de ouvir um “NÃO SAIS DAÍ QUE EU JÁ VOU TER CONTIGO”
Passados pouco mais de quinze minutos, eis que aparecia finalmente o meu “anjo” salvador dum dos piores momentos da minha vida, confesso que jamais me senti assim e que foi muito bom primeiro ouvir aquela voz e depois vê-la aparecer.
Há coisas que não conseguimos explicar, são o que são e valem por isso mesmo, naquela hora, foi apenas maravilhoso ter alguem que se dispõe a ouvir-te a ver-te chorar e que em troca apenas te dá todo o conforto que necessitamos.
Melhor ainda foi tê-la como testemunha de um dos momentos mais lindos do meu último mês, simplesmente um lindo e enorme sorriso ao ouvires “olá amor, boa tarde”, é inesquecível a tua expressão de paz, ternura e muito amor, e tivemos de seguida a cereja no topo do bolo ao ouvir num tom e som bastante razoável dizeres o nome do “anjo” que nos acompanhava no momento. “CRISTINA EVARISTO”.
Obrigado amiga...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Adivinha o quanto gosto de ti...

Não vai ser fácil, mas eu vou tentar dar-te uma ajuda.



Consegui???

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Hasta mi final...

Já aqui havia postado o poema lindissimo desta canção dos Il Divo
Hoje mais ainda do que nessa altura faz todo o sentido recordá-la!
Hoje mais do que nunca faz sentido continuar a creditar...



Ontem, hoje e amanhã tiveste, tens e terás sempre um lugar muito especial dentro do meu coração:
"Asta mi final!..."

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Felicidade...


"Não podemos ser felizes se preferirmos as ilusões à realidade.
A realidade não é boa nem má.
As coisas são como são e não como preferíamos que fossem.
Compreendê-lo e aceitá-lo é uma das chaves da felicidade!"
Dalai Lama
Será por isso que não consigo ser feliz?

sábado, 13 de setembro de 2008

E oito dias depois eis que:


Aparece vindo por detrás duma mascara de oxigénio um tímido mas muito saboroso “Bom dia Amor!”
E pronto já ganhei o dia, o fim de semana, a semana toda, espero mais...

sábado, 6 de setembro de 2008

E de novo a angustia do Hospital...


Com o tempo por muito difícil que seja não te ter por perto, a rotina do dia a dia vai a pouco e pouco criando em nós esse “hábito”.
Criamos para nós que o importante passa a ser o estares “bem” e não o onde estás, continuam a existi coisas que apesar da separação física jamais se apagam em nós.
Ontem ao final do dia, a nossa rotina foi alterada com uma chamada telefónica, alertando para o facto de continuares com temperaturas elevadas e provavelmente com dores uma vez que a agitação era bastante e por tudo isso apareceram novamente os suores e com eles a possibilidade de ficares desidratada.
Em poucos minutos estávamos junto de ti, e alguns minutos depois na urgência do Santa Maria.
Seis horas depois a confirmação duma infecção urinária (a causa da febre) e alguns sinais de desidratação (o efeito da febre), e o consequente internamento por precaução.
Fiquei ainda a saber que no principal hospital do país não existem dois dos medicamentos que habitualmente tomas à dois anos. Para não interromperes o tratamento temos que levar os medicamentos de casa, pois apesar de haver uma farmácia no hospital ela não disponibiliza estes medicamentos.
Farmácia explorada pelo estado, a ver se o “Eng” Sócrates despacha a abertura duma farmácia particular no hospital, assim sempre podia disponibilizar os medicamentos todos.
Mas a vontade de escrever este texto não tinha nada a ver com isto, apenas para te dizer que passei umas das minhas piores seis horas de vida, não pelo hospital, não pela gravidade do caso, mas apenas porque “È QUASE INSPORTAVEL VER-TE SOFRER AINDA MAIS”.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Até já...

Vinte e seis meses depois...
Nesta estrada o cansaço não existe
O fim esta longe mas o corpo não desiste...
Mesmo sem estares connosco, levarteemos sempre no coração.
Na próxima semana as saudades vão apertar, e embora todos nos possam encontrar aqui



para ti estaremos sempre aí. Beijos e até já...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

28 Julho 1980 - 28 Julho 2008 - 28 anos de vida


A Tetralogia de Fallot é uma combinação de anomalias cardíacas que abarcam um defeito importante no tabique ventricular, um nascimento anormal da aorta que permite que o sangue desprovido de oxigénio flua directamente desde o ventrículo direito até ela, uma redução do orifício de saída do lado direito do coração e um aumento da grossura da parede do ventrículo direito.

Parece simples, alguns imaginarão deve ser complicado tratar, outros “porra” que merda deve ser do caraças corrigir esta cena.

Quero-vos contar como foi no dia, 28 de Julho de 1980, mas antes um pouco de cultura geral:
Os meninos com Tetralogia de Fallot costumam ter um sopro cardíaco que se ouve no momento do nascimento ou pouco tempo depois e que mesmo depois de operados não se livram dele para o resto da vida (coisa porreira, ter um sopro). Têm uma cor azulada (estado denominado cianose) porque o sangue que circula pelo corpo não está suficientemente oxigenado. Porreiro ter os lábios e as unhas azuis, então os comentários do pessoal (olha a menina de lábios e unhas pintados) – Foda-se um gajo já tem a vida num caos ainda por cima os imbecis passam a vida a gozar-nos.
Esta “cena” sucede porque a estreita passagem da saída do ventrículo direito restringe a passagem do sangue para os pulmões e o sangue azulado desprovido de oxigénio que se encontra nele atravessa o septo defeituoso, passa para o ventrículo esquerdo e entra na aorta para começar a circular pelo corpo, e tinha que ser logo Azul, sangue REAL.
A correcção do problema foi uma coisinha simples, durou apenas 14 horas, começaram eram oito horas da manhã, primeiro todos os preparativos de anestesia, depois toda a parafernália de instrumentos, bisturi para fazer um corte por todo o tórax, abri-lo e expôr o coração para reparar o defeito do septo ventricular abrindo a estreita passagem do ventrículo direito e a estreita válvula pulmonar, assim como o encerramento de qualquer ligação artificial entre a aorta e a artéria pulmonar.
Tudo normal, mas antes de voltar a colocar tudo no sitio era necessário restabelecer a circulação sanguina sem ajuda das máquinas e o pulmão esquerdo não aceitou lá muito bem o novo sangue e resolveu fazer um bloqueio que levou a uma paragem cardíaca de 35 segundos, após os quais e graças ao esforço da GLORIOSA equipa do Hospital de Santa Marta chefada pelo Prof. Dr. Machado Maçedo assistido pelo Dr. Rui Bento e pelo Dr. Serra lá voltou de novo a bater até hoje.
Passados os momentos de pânico, tudo volta ao normal e por volta das 10 da noite, lá sai o menino, cheio de tubos por todo lado, fios a máquinas por outros tantos, de tal forma que a minha mãe que esperou anciosamente para me ver, na hora H, perdeu e coragem e não conseguiu chegar mais perto que uns míseros 3 metros.
A ela por tudo, ao meu pai que em silêncio e à distância deve ter sofrido horrores, ao tio João e à tia Ana Bela que a acompanharam o mais que lhes foi possível ficam os meus 28 obrigados de vinte oito anos de uma nova vida. A ti um beijo de saudade pelas vinte e duas comemorações especias deste renascimento.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O último abraço...


Faz exactamente hoje dois anos, que resolveste alterar abruptamente o rumo duma história linda até então, cheia de coisas muito boas, momentos inesquecíveis...
Nesse dia, no final dele, ainda consegui encontrar forças para fazer um resumo daquilo que foi o nosso dia sem ti, na esperança de que mais tarde o pudesses ler e ver como és importante para mim, como sem ti a minha vida continua a correr, mas como é muito difícil preencher o imenso vazio que deixas-te.

Dia 7 Julho 2006

6:13 – Como te estavas a sentir muito mal chamei o 112 para te levarem tão rápido quanto possível para o Hospital, embora não quisesses por nada que tal acontecesse.
Por volta das seis e trinta deves ter perdido os sentidos, pois acordaste sem saber muito bem o que te tinha acontecido, e passados alguns minutos apareceram os bombeiros para te prestarem os primeiros socorros, entre o desespero do Maridão, e o choro das crianças e da avó, a tua filha apenas te dizia para teres calma que não seria nada de grave.
Quando finalmente apareceram (desculpa, mas tive que atender o telefone que não para de tocar, tantos são aqueles que querem alguma informação a teu respeito - neste momento mais pareço a tua mãe pois sempre que desligo não consigo conter uma ou duas lágrimas de saudade de te ouvir a ti em vez de todos eles) lá iniciaram os procedimentos para te levarem para o hospital o que demorou um monte de tempo.

7:33 – Deste entrada directamente no serviço de reanimação, onde eu apenas te podia ouvir do outro lado da porta, sempre com aquela enorme aflição de calor e falta de ar.
Falei com a médica que te assistiu para lhe dar o teu historial de doenças e passada meia hora lá apareceu de novo um doutor a dizer que te tinham medicado e os valores das tuas análises tinham melhorado substancialmente mas que estavas com enormes dificuldades respiratórias e que provavelmente te iriam ligar ao ventilador. Nesta altura a Cinda já estava comigo.

10:30 - Havias dado entrada nos serviços e só cerca do meio-dia poderíamos ter informações a teu respeito, fui a casa da Cinda tomar uma banhoca, e...

11:15 - Voltamos novamente ao hospital para saber do teu estado, onde nos informaram que estavas nos cuidados intensivos de cardiologia, e que me tinha de dirigir lá para o médico falar comigo, o que acabou por acontecer e onde ele me explicou que havias tido uma embolia pulmonar e feito uma paragem cardíaca (gostas mesmo de complicar as coisas, uma só não bastava) e que tinhas conseguido reagir ao primeiro embate, mas que estavas a lutar com todas as forças para conseguires sair dessa situação.

Tiveram que te entubar para que a máquina te ajudasse a fazer a respiração e como és uma grande invejosa lá levaste também um tubinho directamente ao estômago para retirar o sangue que tinhas engolido aquando da entubação. Como tal foram obrigados a induzirem-te um estado de coma para que pudesses suportar os tubos sem grandes agitações e esforço da tua parte. Como deves calcular foi aqui que o Mundo desabou aos meus pés, pois não estava minimamente preparado para ouvir tal notícia, muito menos para transmiti-la à filhota.

E o primeiro momento de grande pavor foi vivido na companhia da Cinda que embora sem forças ela própria no primeiro momento lá arranjou um bocadinho de vontade para me reconfortar até ela cair também por terra e desarmar completamente.

13:00 – Havia que voltar a casa e transmitir a notícia a todos, mas principalmente à Patrícia, e resolvemos que o melhor era mesmo contar-lhe o que tinha acontecido, de uma forma mais ou menos estendível para ela. Foi o que fiz, e ainda bem porque a cada vez que o telefone tocava ela corria imediatamente para tentar ouvir alguma coisa, e ainda por cima tocava a toda a hora. (É nestas alturas que sabemos quem são os verdadeiros amigos) e são tantos que nem imaginas, porque passados alguns minutos e vindos não sei donde choveram os telefonemas, todos queriam fazer parte do elo da corrente para te dar força e se juntar contigo nesta luta.

16:00 – Hora da visita dos doentes da UCIC e lá estávamos novamente para te ver, na primeira vez que estive no serviço não consegui arranjar forças para entrar, mas desta vez a ansiedade apoderou-se de tal forma que os minutos foram horas até poder olhar para ti.
E não imaginas a sensação de impotência que foi olhar para ti, ali deitada cheia de tubos por todo o lado a lutares para te manteres connosco.
Ao que parece e pese embora não estivesses acordada reagias mais ou menos à presença daqueles que te adoram.
Ao ouvires a minha voz ficavas sempre um bocado agitada, e eu ficava sem saber se devia estar ou não, porque não conseguia entender se te estava a fazer bem ou mal.
No entanto depois de uma longa conversa com o enfermeiro para me explicar o que te tinha acontecido e me ter acalmado um bocado.
O enfermeiro deu-me indicações para lhe ligar (embora fora da hora normal para o fazer) cerca das nove e trinta para saber como tinhas passado o resto do final da tarde, e quando lhe liguei lá confirmou que a minha “fofinha” CONTINUAVA AGARRDA À CORDA DA VIDA COM TODAS AS FORÇAS…
E esta, embora, não sendo a notícia de excelência não deixava de ser uma boa noticia, e pedi-lhe para voltar a ligar na sábado de manhã para saber como tinhas passado a noite, pois embora não fosse ele a estar presente podia-o fazer.

Entretanto os telefones não paravam, no final da noite a tua filha e eu fomos fazer-te a primeira de muitas visitas junto à janela da enfermaria que o pessoal de enfermagem tinha feito o favor de assinalar com uma luz azul para ela melhor identificar onde estava o quarto da mãe.

E quase me esquecia do Mundo, nada de importante o preço de petróleo chegou aos 75 dólares, e o Rui costa fez furor no treino do Benfica na Bélgica.

Hoje ao reler o que escrevi, vejo o quanto as coisas mudaram, o quanto a esperança pode cair, o quanto o sofrimento dói, só esse não mudou, ele e estas teimosas lágrimas que tal como há dois anos atrás teimosamente não param de correr.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Ontem choveu...


Ontem choveu, não choveu muito, mas choveu, ao olhar o céu vi as nuvens cinzentas, negras, carregadas.
Inevitavelmente carregadas de maldade como estavam à dois anos atrás. Ao vê-las, tal como outras tantas vezes, imaginei o seu significado, todas elas são parecidas com alguma coisa.
Estas não, são apenas escuras e negras, a única semelhança com a realidade só mesmo a escuridão.
A imaginação às vezes transporta-me para aquela sexta feira, e em como tudo poderia ser diferente, mas quando tudo está contra nós, as nossas forças vão diminuindo, vamos baixando as nossas defesas, confesso que me faz confusão ver as nuvens escuras em Junho, olho para o céu e nele apenas vejo imagens disformes, qual cataratas galopantes que me tiram aos poucos a minha já pouca visão.
Olho para o céu, e procuro-te, quero ver-te a sorrir, olho para o céu e nada vejo;
Apenas a escuridão.

domingo, 25 de maio de 2008

Na melhor companhia do Mundo...


Encosto-me aqui e penso em ti...
Penso nos momentos que passámos juntas...
Lembro todos os instantes que foram simplesmente únicos...
Volto atrás no tempo...
Historias contadas que já mais serão esquecidas...
A vida que construíste, de repente arruinada...
Aquele exemplo...
Aquela força...
Aquele sentimento...
Aquela voz...
Aquele cheiro…
Este Olhar e este Sorriso
Fazem-me acreditar que estou na melhor companhia do Mundo!..

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Gajo com sorte...


O tempo passa a correr, quase sem darmos por isso, de mansinho, mas muito veloz. Tão veloz que 705 dias passaram e quase não dei por eles, tão empenhado que estive em não te perder, tão empenhado em te trazer de volta, tão empenhado em te ter de novo aqui, tão empenhado em te manter junto de mim. Ahh o tempo, o tempo passa, com ele passaram tantas coisas, com ele ficaram tantos projectos, com ele até me esqueci de ter uma taquicardia por ano, com ele até me esqueci que devo fazer uma biopsia, com ele até fiquei com medo, afinal agora não tenho que me pegue ao colo e me leve ao médico, quem me apaparique, me faça miminhos, me dê carinhos, me enxugue estas lágrimas que teimosamente não param de correr.
Sabes às vezes tenho medo do tempo, que me leve um pouco de ti a cada dia que passa, tenho medo de não me lembrar de como era bom sermos um só, tenho medo de não ter tempo para me recordar do tempo em que as coisas eram tão...boas, simples, normais.
Mas o tempo, também me trouxe muitas coisas boas, avivou outras, e aproximou ainda mais umas quantas, e hoje quero falar-te mais uma vez de como o tempo se encarregou de me mostrar que sou um gajo com sorte.
Há uns dias fui “alentejanar” e aproveitei a viagem para “ribatejanar” e eis que o tempo me deu oportunidade de fazer este boneco e conseguiu meter cá três seres muito especiais, tão especiais que nem eles sabem quanto, embora com o tempo eu lhes diga muitas vezes isso mesmo.
Mas sobretudo porque eles e outros como eles continuam a ter tempo para me aturar...
SOU UM GAJO COM SORTE.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Repara...


Repara como o tempo voa
Repara como a esperança se desvaneçe
Repara como a gente espera à toa
Repara como nada de novo aconteçe!...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Hoje...


Hoje sinto-me como a lua

Que reencontrou o sol;

Hoje sinto-me como as estrelas

Que reencontraram o céu;

Hoje sinto-me como as ondas

Que reencontraram o mar;

Hoje sinto-me como um filho

Que reencontrou os seus pais;

Hoje sinto-me como um apaixonado

Que reencontrou o seu amor;

Hoje sinto-me como um barco perdido

Que reencontrou o seu rumo;

Hoje não sei explicar porquê

Mas sinto-me feliz!

Hoje sinto-me feliz por te ter sempre ao meu lado

Nos bons e nos maus momentos.

Hoje sinto-me orgulhosa por seres meu pai!

Hoje sinto que mesmo quando "discutimos"

Continuo a adorar-te!...


Também é por ti que luto todos os dias sem me cançar! Todos os dias com um sorriso no rosto, e quando tu estás triste nem imaginas o quanto me dói o coração, fica mais pequenino que um feijão. Eu posso ter apenas treze anos mas acredita que te conheço muito bem e sei ver o que precisas para te alegrar. às vezes apenas um beijinho, outra vezes um abraço e outras de um papelinho escrito com muito, muito carinho :)Por vezes é muito difícil ver-te assim mas acredita que quando me retribuis com um sorriso mesmo que estejas triste nem imaginas o que isso significa para mim...Tenho muito orgulho em seres meu pai e na nossa relação. Embora ás vezes os "grandes" terem a mania de complicar, mas também tenho de servir para qualquer coisa:)Beijinhos da Filhota Patrícia

quinta-feira, 8 de maio de 2008

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Correr na ponte...


Hoje fui ver-te como sempre o faço, ao chegar encontrei-te a dormir...
Entrei devagarinho, mas vinha cansado de subir as escadas a correr e fiquei a olhar-te por um bom par de minutos, mas tu qual criança a ser observada, acordas-te e procuraste-me algures naquele quarto, não me vias, mas hoje tive a certeza que me sentias lá, o teu acordar foi tão doce e com um bocejo de boca, mas sempre com um sorriso aberto e franco, ao falar-te o sorriso não mudou. Tu sabias que eu estava ali...e cansado!
A primeira coisa que saiu foi mesmo a pergunta: - estás cansado?
Estás cansado?
Sim, vim a correr!
Da ponte?
Da ponte? Perguntei eu!
Da ponte com a Anabela e o João...
Qual ponte???
E pronto o “tico e o teco” entraram novamente em “alentejanismo”.
Mas mesmo sem a recapitulação da matéria dada, sobre os nomes dos que te são mais queridos, foi muito engraçado ver o poder da nossa mente e a maneira como ela encadeia as coisas especiais para nós, bem sei que todos são especiais, uns mais do que outros, alguns, umas vezes mais do que outras, mas outros como estes sempre.
Nunca tinha até este momento postado aqui qualquer coisa sobre eles, talvez porque há pessoas assim especiais que mesmo não falando delas a gente sabe que com elas pode e sempre contamos, ou apenas porque fazem tão parte da nossa vida, estão sempre tão presentes que achamos que não temos que lhes dizer o quanto são importantes.
Hoje fizeste-me descer novamente as escadas a correr e vir para casa e escrever estas palavras pela necessidade que senti ao ouvir-te dizer “com a Anabela e o João”... Hoje o “Tico e o Teco” juntaram esforços e conseguiram unir estas criaturas e saber que todos fazem parte de um todo. A mim cabe-me transmitir-lhes o teu recado... UM BEIJO!

sábado, 19 de abril de 2008

Flatulências...


A composição do gás das flatulências é altamente variável. A maior parte do ar que engolimos, especialmente o componente Oxigénio, é absorvido pelo corpo antes do gás alcançar os intestinos. Quando o ar atinge os intestinos, a maior parte do que resta é nitrogénio. Reacções químicas entre o ácido estomacal e os fluidos intestinais também podem produzir dióxido de carbono, que também é um componente do ar e um produto da acção bacteriana. As bactérias também produzem Hidrogénio e metano.
O odor das flatulências vem das pequenas quantidades de sulfato de hidrogénio (gás sulfídrico). Esses compostos contêm enxofre. Quanto mais rica em enxofre for a nossa dieta, mais desses gases vão ser produzidos pelas bactérias nos nossos intestinos e mais as suas flatulências vão cheirar mal.
Pratos como couve-flor, ovos e carne são notórios por produzirem flatulências malcheirosas, enquanto feijão produz grandes quantidades de flatulências não necessariamente malcheirosas.
Em média, uma pessoa produz mais ou menos um litro de flatulências por dia, distribuídas em cerca de 14 saídas diárias.
Os médicos concordam que as flatulências que não são libertadas, também não são absorvidas. Elas simplesmente voltam para os intestinos e saim depois. Não se conhecem agentes intoxicantes na flatulência, a maior parte delas contém muito pouco oxigénio e podemos ficar tontos se inalarmos uma quantidade super concentrada de essência, simplesmente por falta de oxigénio. A flatulência deveria cheirar tanto para quem o fez como para as outra pessoas. Mas quem fez está protegido pelo facto de que repeliu o ar para longe do seu corpo numa direcção oposta à do seu nariz.

E perguntarão eles ao lerem isto, afinal que conversa de “merda” é esta? Perguntam porque não estavam lá, na altura em que fui à tua casa de banho, lavar as mãos e aproveitei para fazer sair uma dosezinha de gás extra.
Se lá estivessem poderiam ter assistido a um dos momentos mais lindos e hilariantes dos últimos anos, pois faz quase dois anos que não te ouvia, nem via rir por tanto tempo e com tanta intensidade, e como se isso não fosse o bastante, à pergunta: “porque te estás a rir?” ainda fui brindado com um sonante e muito bem audível “ DESTE UM PEIDO!”
Pois dei...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A primeira vez...


Não me passava, pela cabeça votar a assistir a uma coisa destas novamente, afinal depois dos 40, não é todos os dias que nos podemos “gabar” de assistirmos à primeira vez de alguem.
No inicio imagino que a coisa deve dar um friozinho na barriga (lembro-me da nossa primeira vez, e de como as minhas pernas tremiam), para já não falar das muitas dúvidas que nos assolam, será que escolhi a pessoa certa, como irão reagir os meus amigos quando souberem, será que vão achar que sou um ser diferente, ficarei marcado para a vida, etc, etc.
São conflitos de ideias e desejos, misturas de sentimentos, e pior que tudo é que não dá para voltar atrás.
Mas não há nada como a nossa primeira vez, é uma experiência inesquecível, mesmo quando quem vem para a primeira vez, não venha preparado com o material adequado, e se sinta um pouco desconfortável por ser a única do grupo para quem é a primeira vez.
Ninguém se deu ao trabalho de lhe explicar o que quer que fosse, imagino o que se passaria naquela cabecinha, cheia de teoria, (deve ter passado a noite a ler livrinhos da especialidade) mas sem pratica alguma, cheia de vontade de experimentar, mas com medo de fazer má figura.
Curiosamente não aconteceu nada disso, aquilo que vi foi alguem orgulhoso da sua performance, alguem que passado pouco tempo não tinha qualquer dúvida e sobretudo alguem que se aventurou mesmo sem qualquer pudor à pesca do maior dos peixes...
Quero aqui manifestar a minha admiração, e o enorme prazer por ter apadrinhado a primeira vez...
Do meu amigo João na “arte” da PESCA.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Hoje apateceu-me Chorar...


Hoje apeteceu-me chorar, apeteceu-me chorar, porque os meus olhos teimam em ver, aquilo a que o coração fecha os olhos.

quarta-feira, 26 de março de 2008

"Como melhoram as pessoas depois que começamos a gostar delas".


Hoje ao entrar no meu mensager deparei com uma frase que me encheu a alma de alegria, por muitos motivos, a saber:
A frase: “ Como melhoram as pessoas depois que começamos a gostar delas...”.
O autor, ou pelo menos e editor desta pequena preciosidade o meu amigo Rui Cabral.
O significado, bem aqui entramos num mundo admirável, afinal cada um pode encontrar muitos significados para esta frase, dar-lhe o seu cunho pessoal de interpretação, lapidá-la de acordo com a conveniência do momento, enfeitá-la e embrulhá-la a gosto.
Bem sei que provavelmente para muitos este “melhoram” da frase se encaixa na forma como as pessoas passam a ser melhores, melhores enquanto pessoas, apenas porque gostamos delas.
O engraçado é que a primeira coisa que me ocorreu quando a li, não foi nada disto, lembrei-me imediatamente de Ti. O meu pensamento voou em direcção à Venda do Pinheiro, ao teu novo lar e sobretudo ao teu maravilhoso sorriso com que fazes o favor de me presentear, sempre que chego junto a ti.
É verdade passado o primeiro impacto do dia da mudança, não mais te encontrei de semblante carregado, de olhar distante, vago, pedido na dor ou no sofrimento, sempre que chego encontro um sorriso lindo estampado no teu rosto, vejo-te a tentar erguer-te do nada, e imaginação (fértil a minha) à parte consigo ver-te hoje muito melhor que antes.
Com tudo isto perdi-me no rumo, tudo isto para dizer que quando nos tratam com amor, carinho e dedicação (como o fazem aquelas que te acompanham no teu dia a dia) até mesmo para situações em que as melhoras são quase uma miragem elas aparecem mesmo.
Tanto sofrimento, tanto trabalho, tantas horas passadas, tantos dias desgastantes, tantas lágrimas derramadas e afinal “ Tu melhoraste quando quem te trata, começou a gostar de ti”
Ao meu amigo Rui Cabral um bem haja do tamanho do Mundo.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Parabéns!!!


Mudar de princípios é um processo lento, só soube que eles mudaram, quando uma coisa que era certa para mim, simplesmente deixou de ser...
O Amor incondiconal não é mais que um jogo sem regras, as regras definem a vida em jogos mas o amor incondicional não conheçe regras. AMO-TE!
Zé dos Anzóis
.
.
DOIS…
.
Já foram dois…
Dois aniversários sem ti,
Dois natais sem ti,
Dois fins de ano sem ti,
Dois dias da Mãe sem ti,
Dois anos sem ti…
Sem o teu carinho,
Sem o teu amor,
Sem o teu sorriso,
Sem o teu abraço….
O fim está longe de acabar,
Mas eu já estou tão cansada,
Cansada de não saber o que me espera,
Cansada de ter medo,
Cansada de arranjar forças…
Não sei até quando vou aguentar,
Nem sei como aguentei até aqui,
Apenas sei que mesmo estando cansada
Nunca vou deixar de lutar para ultrapassar todos estes desafios!...
Adoro-te
Um grande beijinho de parabéns...
Patrícia

sábado, 8 de março de 2008

Confusão



Mais uma batalha perdida, a nossa vida é isso mesmo uma guerra e por sinal ainda não acabou. Sabes aquelas guerras que sabemos não poder ganhar desde o inicio, aquelas que a sensatez nos diz para não começarmos sem termos a certeza que vamos ganhar, isso é a nossa vida.
Aos poucos vou baixando as defesas, e já me custa rastejar por entre os excrementos, hoje sinto-me assim, qual soldado assustado e perdido por entre as linhas inimigas, sem qualquer cobertura de retaguarda. Falta-me o ânimo, apetece-me fechar os olhos e adormecer, não quero ficar acordado, magoam-me os sonhos, sofro com as recordações e sinto-me dilacerado por esta vontade louca de adormecer. A minha vida sem ti é uma farsa, nada faz sentido e no entanto sinto que te perco um pouco todos os dias. Queria tanto trocar contigo, tu terias certamente mais e melhores respostas, tu serias mais forte, tu não me deixarias perder aos poucos e no entanto tudo o que tenho não passa de uma vontade de que enquanto houver ventos e mares a gente não vai parar a gente vai continuar.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Amigos...




Regra geral etiqueto as coisas de boas ou más, bonitas ou feias, e faço o mesmo com as pessoas, tudo isto é determinado pelos meus desejos…
Se a beleza existisse no objecto ou na pessoa em si, seríamos todos atraídos pelas mesmas coisas e pelas mesmas pessoas…
Enquanto apaixonado, tu a mulher que desejo pareces-me, sob todos os pontos de vista, perfeita, imutável, digna de ser amada para sempre…
Cada detalhe, por pior que seja, da tua personalidade possui uma aura especial, não imagino a minha vida sem ti…
Com os amigos tambem sou assim, por muitos defeitos que possam ter, aos meus olhos, são sempre perfeitos, por nada em especial, mas apenas porque são os meus amigos.
Hoje quero dizer a um punhado deles, que foram desde muito cedo etiquetados, como muito bons, bonitos, simpáticos, perfeitos, com aquela aura especial, tudo porque à luz do meu coração, não os consigo ver de outra forma.
Charraz, Zé Manel, Fátima, Carol, obrigado por fazerem o favor de serem meus amigos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

É público e oficial sou COTA!!!



Lembras-te do nosso primeiro dia dos namorados, como namorados mesmo de aliança no dedo e tudo? Eu lembro, cada pedaço, cada momento, sinto-o por entre a minha alma.
Dia 14 de Fevereiro de 1988, foi mesmo especial para nós este dia, não foi? Aconteceram tantas coisas boas, tantas coisas muito boas. Dava quase uma epopeia o nosso primeiro dia dos namorados.
Vinte anos depois e nem por isso o tempo apagou a magia. Era um domingo, e eu dava aulas em Santarém, turminha complicada aquela das meninas. Viagem deliciosa aquela de comboio entre Santa Apolónia e Santarém, poucas pessoas a bordo, carruagem fechada no inter regional Lisboa, Porto com saída marcada para a meia noite e meia e hora previsível de chegada por volta da uma e meia da manhã. O tempo não era o que é hoje, estava frio, chuviscava pelo menos pela capital do Ribatejo, e o táxi que era suposto ainda estar na estação, alguem o tomou antes de nós, recordo-me do rol de asneiras que saíram da minha boca. Tu, como sempre serena, confiante, afinal da estação a casa eram apenas três quartos de hora a pé, ah e sempre a subir.
Chegamos molhados, cansados, exaustos, mas que se f..., era o nosso primeiro dia dos namorados, não haveria nada que nos tirasse o prazer de o gozar como se aquele fosse o primeiro o último ou o único dia dos namorados das nossas vidas.
Dormimos juntos pela primeira vez, melhor não dormimos, partilhamos os braços um do outro e lembro-me de me dizeres a certa altura que eram sete da manhã e nós continuava-mos ali, abraçados a olharmo-nos mutuamente, como se o Mundo se resumisse apenas aquelas quatro paredes. Ah e o amor, na verdade não o fizemos, de tanto encantamento acabamos por nos esquecer de o fazer. Mas falamos, falamos muito, como sempre, até hoje; e beijamo-nos; e tocamo-nos; e partilhamo-nos. Amamo-nos, afinal aquele era o nosso primeiro dia dos namorados...
Ok e que tem tudo isto a ver com o ser público Euzinho da Silva Simões ser COTA? Pois muito bem passados vinte anos do nosso primeiro dia dos namorados, depois de ter partilhado mais umas horas de puro prazer contigo ouvindo as nossas músicas, chego a casa, vou buscar o nosso rebento e surpresa das surpresas um “namorado anónimo” deixou-lhe na pasta um postal e uma declaração de amor, aquela que será a primeira declaração dela no dia dos namorados. Sou COTA!!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Medo...



Estou com medo...
Ontem adormeci com uma sombra negra sobre mim, não consegui inicialmente entender, tão pouco perceber aquela forma que balançava sobre o meu quarto. Acredita que não me era estranha, não era a primeira vez que eu sentia algo assim tão perturbador.
Uma vez devia eu ter sete anos saí à noite acompanhado pela Cinda, acho que uns pintos brincavam entre um molhe de feijões a secar numa eira, na imaginação fértil de alguem que não podia sequer correr como todos os outros, pareceu-me ser uma cobra e toca a fugir desalmadamente até à exaustão total que quase me deitou por terra, eram pintos, não era uma cobra, era Medo.
O mesmo Medo que senti ontem à noite, desta vez já posso correr, e ainda tenho a Cinda por perto e no entanto fiquei exausto ainda que sem correr, fiquei exausto só de fechar os olhos, exausto pelo tempo que demorei a chegar ao interruptor do candieiro, exausto de Medo.
É assustador fechar os olhos, virar-me para o teu lado e não te encontrar, esticar o braço e encontrar a almofada em vez do teu corpo, sentir que a minha respiração não volta para trás ao bater nas tuas costas, dizer boa noite e não ouvir a tua voz suave, carinhosa, meiga ditar o destino da meu sossego
Ontem à noite descobri que durante muitos anos, todos aqueles que te tive por perto nunca senti nada assim. Tu davas-me força, mesmo nos momentos mais escuros, da nossa caminhada, nunca me deixavas baixar os braços, bastava olhar-te nos olhos e sentir a força que deles emanava a luz que brotava na direcção do meu coração.
Agora estou aqui a passar para o papel o que me vai na alma e ainda tenho medo, tenho a luz acesa e ainda tenho medo, já não corro com medo do medo, mas mesmo assim ainda tenho muito medo. Não te tenho por perto e é disso que tenho MEDO.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Abraço...



Hoje dei-te um abraço, em troca tu deste-me um sorriso, sim um sorriso, mas não um sorriso qualquer, era um daqueles sorrisos, sabes?
Sim desses, daqueles que transformam a lagarta em borboleta...
Sabes, não tenho escrito muito ultimamente, chama-lhe...
preguiça, falta de inspiração, ou apenas a falta desse sorriso.
Ahhh como a minha alma cresceu, como meu coração bateu mais forte, parecia até que o Mundo podia acabar ali, naquele momento, naquele instante.
E acabar como tinha de ser, eu tu e aquele sorriso lindo.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Saudades...


Hoje tenho o coração com aquele aperto, sabes?
Hoje tenho saudades…
Hoje tenho saudades da tua voz;
Hoje tenho saudades da tua boca;
Hoje tenho saudades do teu corpo;
Hoje tenho saudades do teu cheiro;
Hoje tenho saudades dos teus beijos;
Hoje tenho saudades dos teus carinhos;
Hoje tenho saudades das nossas refeliçes,
Hoje tenho saudades de dormir a teu lado;
Hoje tenho saudades dos teus telefonemas;
Hoje tenho saudades de andar contigo de mão dada;
Hoje tenho saudades de te ouvir chamar-me fofinho;
Hoje tenho saudades dos teus mimos, ah os teus mimos…
Hoje tenho saudades de ser amado, como sempre fui;
Hoje tenho saudades de amar;
Hoje tenho saudades de tudo e afinal não tenho nada, a não ser um aperto no coração…
E uma data de lágrimas a correrem pala cara abaixo…