quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Amigos...




Regra geral etiqueto as coisas de boas ou más, bonitas ou feias, e faço o mesmo com as pessoas, tudo isto é determinado pelos meus desejos…
Se a beleza existisse no objecto ou na pessoa em si, seríamos todos atraídos pelas mesmas coisas e pelas mesmas pessoas…
Enquanto apaixonado, tu a mulher que desejo pareces-me, sob todos os pontos de vista, perfeita, imutável, digna de ser amada para sempre…
Cada detalhe, por pior que seja, da tua personalidade possui uma aura especial, não imagino a minha vida sem ti…
Com os amigos tambem sou assim, por muitos defeitos que possam ter, aos meus olhos, são sempre perfeitos, por nada em especial, mas apenas porque são os meus amigos.
Hoje quero dizer a um punhado deles, que foram desde muito cedo etiquetados, como muito bons, bonitos, simpáticos, perfeitos, com aquela aura especial, tudo porque à luz do meu coração, não os consigo ver de outra forma.
Charraz, Zé Manel, Fátima, Carol, obrigado por fazerem o favor de serem meus amigos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

É público e oficial sou COTA!!!



Lembras-te do nosso primeiro dia dos namorados, como namorados mesmo de aliança no dedo e tudo? Eu lembro, cada pedaço, cada momento, sinto-o por entre a minha alma.
Dia 14 de Fevereiro de 1988, foi mesmo especial para nós este dia, não foi? Aconteceram tantas coisas boas, tantas coisas muito boas. Dava quase uma epopeia o nosso primeiro dia dos namorados.
Vinte anos depois e nem por isso o tempo apagou a magia. Era um domingo, e eu dava aulas em Santarém, turminha complicada aquela das meninas. Viagem deliciosa aquela de comboio entre Santa Apolónia e Santarém, poucas pessoas a bordo, carruagem fechada no inter regional Lisboa, Porto com saída marcada para a meia noite e meia e hora previsível de chegada por volta da uma e meia da manhã. O tempo não era o que é hoje, estava frio, chuviscava pelo menos pela capital do Ribatejo, e o táxi que era suposto ainda estar na estação, alguem o tomou antes de nós, recordo-me do rol de asneiras que saíram da minha boca. Tu, como sempre serena, confiante, afinal da estação a casa eram apenas três quartos de hora a pé, ah e sempre a subir.
Chegamos molhados, cansados, exaustos, mas que se f..., era o nosso primeiro dia dos namorados, não haveria nada que nos tirasse o prazer de o gozar como se aquele fosse o primeiro o último ou o único dia dos namorados das nossas vidas.
Dormimos juntos pela primeira vez, melhor não dormimos, partilhamos os braços um do outro e lembro-me de me dizeres a certa altura que eram sete da manhã e nós continuava-mos ali, abraçados a olharmo-nos mutuamente, como se o Mundo se resumisse apenas aquelas quatro paredes. Ah e o amor, na verdade não o fizemos, de tanto encantamento acabamos por nos esquecer de o fazer. Mas falamos, falamos muito, como sempre, até hoje; e beijamo-nos; e tocamo-nos; e partilhamo-nos. Amamo-nos, afinal aquele era o nosso primeiro dia dos namorados...
Ok e que tem tudo isto a ver com o ser público Euzinho da Silva Simões ser COTA? Pois muito bem passados vinte anos do nosso primeiro dia dos namorados, depois de ter partilhado mais umas horas de puro prazer contigo ouvindo as nossas músicas, chego a casa, vou buscar o nosso rebento e surpresa das surpresas um “namorado anónimo” deixou-lhe na pasta um postal e uma declaração de amor, aquela que será a primeira declaração dela no dia dos namorados. Sou COTA!!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Medo...



Estou com medo...
Ontem adormeci com uma sombra negra sobre mim, não consegui inicialmente entender, tão pouco perceber aquela forma que balançava sobre o meu quarto. Acredita que não me era estranha, não era a primeira vez que eu sentia algo assim tão perturbador.
Uma vez devia eu ter sete anos saí à noite acompanhado pela Cinda, acho que uns pintos brincavam entre um molhe de feijões a secar numa eira, na imaginação fértil de alguem que não podia sequer correr como todos os outros, pareceu-me ser uma cobra e toca a fugir desalmadamente até à exaustão total que quase me deitou por terra, eram pintos, não era uma cobra, era Medo.
O mesmo Medo que senti ontem à noite, desta vez já posso correr, e ainda tenho a Cinda por perto e no entanto fiquei exausto ainda que sem correr, fiquei exausto só de fechar os olhos, exausto pelo tempo que demorei a chegar ao interruptor do candieiro, exausto de Medo.
É assustador fechar os olhos, virar-me para o teu lado e não te encontrar, esticar o braço e encontrar a almofada em vez do teu corpo, sentir que a minha respiração não volta para trás ao bater nas tuas costas, dizer boa noite e não ouvir a tua voz suave, carinhosa, meiga ditar o destino da meu sossego
Ontem à noite descobri que durante muitos anos, todos aqueles que te tive por perto nunca senti nada assim. Tu davas-me força, mesmo nos momentos mais escuros, da nossa caminhada, nunca me deixavas baixar os braços, bastava olhar-te nos olhos e sentir a força que deles emanava a luz que brotava na direcção do meu coração.
Agora estou aqui a passar para o papel o que me vai na alma e ainda tenho medo, tenho a luz acesa e ainda tenho medo, já não corro com medo do medo, mas mesmo assim ainda tenho muito medo. Não te tenho por perto e é disso que tenho MEDO.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Abraço...



Hoje dei-te um abraço, em troca tu deste-me um sorriso, sim um sorriso, mas não um sorriso qualquer, era um daqueles sorrisos, sabes?
Sim desses, daqueles que transformam a lagarta em borboleta...
Sabes, não tenho escrito muito ultimamente, chama-lhe...
preguiça, falta de inspiração, ou apenas a falta desse sorriso.
Ahhh como a minha alma cresceu, como meu coração bateu mais forte, parecia até que o Mundo podia acabar ali, naquele momento, naquele instante.
E acabar como tinha de ser, eu tu e aquele sorriso lindo.