Estou com medo...
Ontem adormeci com uma sombra negra sobre mim, não consegui inicialmente entender, tão pouco perceber aquela forma que balançava sobre o meu quarto. Acredita que não me era estranha, não era a primeira vez que eu sentia algo assim tão perturbador.
Uma vez devia eu ter sete anos saí à noite acompanhado pela Cinda, acho que uns pintos brincavam entre um molhe de feijões a secar numa eira, na imaginação fértil de alguem que não podia sequer correr como todos os outros, pareceu-me ser uma cobra e toca a fugir desalmadamente até à exaustão total que quase me deitou por terra, eram pintos, não era uma cobra, era Medo.
O mesmo Medo que senti ontem à noite, desta vez já posso correr, e ainda tenho a Cinda por perto e no entanto fiquei exausto ainda que sem correr, fiquei exausto só de fechar os olhos, exausto pelo tempo que demorei a chegar ao interruptor do candieiro, exausto de Medo.
É assustador fechar os olhos, virar-me para o teu lado e não te encontrar, esticar o braço e encontrar a almofada em vez do teu corpo, sentir que a minha respiração não volta para trás ao bater nas tuas costas, dizer boa noite e não ouvir a tua voz suave, carinhosa, meiga ditar o destino da meu sossego
Ontem à noite descobri que durante muitos anos, todos aqueles que te tive por perto nunca senti nada assim. Tu davas-me força, mesmo nos momentos mais escuros, da nossa caminhada, nunca me deixavas baixar os braços, bastava olhar-te nos olhos e sentir a força que deles emanava a luz que brotava na direcção do meu coração.
Agora estou aqui a passar para o papel o que me vai na alma e ainda tenho medo, tenho a luz acesa e ainda tenho medo, já não corro com medo do medo, mas mesmo assim ainda tenho muito medo. Não te tenho por perto e é disso que tenho MEDO.
6 comentários:
Tenho medo do medo.
Tenho medo que um dia desapareças.
Tenho medo que me deixes sozinha.
Tenho medo que chores.
Tenho medo que te sintas só.
Tenho medo que tu tenhas medo.
Tenho medo se tens medo.
Tenho medo do escuro.
Tenho medo da solidão.
Tenho medo da vida.
Patrícia
Ainda me lembro da historia da cinda. De estrem os doi a fugir de uma cobra falsa pois era um pinto!
Estarei sempre aqui para tudo! Um grande beijino da mãe Rosinda e do Pai Joaquim.
Não tenhas medo do medo, Patrícia... Ele só serve para te mostrar o quanto gostas de! Da mesma forma que os teus pais têm medos, porque gostam de! Quando deixares de sentir esse medo, aí sim, deves assustar-te... Um beijo!
têm medo de gente e de solidão
têm medo da vida e medo de morrer
têm medo de ficar, medo de escapulir
medo que dá medo do medo que dá
têm medo de acender e medo de apagar
têm medo de espera e medo de partir
têm medo de correr e medo de cair
medo que dá medo do medo que dá
o medo é uma linha que separa o mundo
o medo é uma casa aonde ninguém vai
o medo é como um laço que se aperta em nós
o medo é uma força que não me deixa andar
Este é um excerto de uma letra de um cantor espanhol chamado Pedro Guerra, interpretada pelo mesmo e pelo musico Lenine. Transcrevi para vos mostrar que não é medo que vocês sentem, mas sim tristeza. Muita e justificada. Mas medo sente quem deixou de sentir a vida, e vocês, mesmo com todas as contrariedades, têm muita vida dentro desses corações. E demonstram-no com muita dignidade!
Abraço,
Rogério Charraz
Palavras sábias, Charraz! Tristeza, e não medo!... Quem tem medo não vive, e esta gente ainda tem muito de bom para viver! Saibam tentar ser felizes, Dionísio e Patrícia!
APRENDI
Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando. Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem. Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso. Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso. Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro. Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso. Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem. Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes. Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio. Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos. Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre. Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Charles Chaplin
A Vida nem sempre é como nós queremos mas eu acredito que a vida dá grandes voltas e que um dia tudo acabará bem, por isso pensa nos bons momentos que já passaste com ela e naqueles que ainda virão!Força AMiga Eu estou aqui para tudo!...Ana Patrícia
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