quarta-feira, 21 de maio de 2008

Gajo com sorte...


O tempo passa a correr, quase sem darmos por isso, de mansinho, mas muito veloz. Tão veloz que 705 dias passaram e quase não dei por eles, tão empenhado que estive em não te perder, tão empenhado em te trazer de volta, tão empenhado em te ter de novo aqui, tão empenhado em te manter junto de mim. Ahh o tempo, o tempo passa, com ele passaram tantas coisas, com ele ficaram tantos projectos, com ele até me esqueci de ter uma taquicardia por ano, com ele até me esqueci que devo fazer uma biopsia, com ele até fiquei com medo, afinal agora não tenho que me pegue ao colo e me leve ao médico, quem me apaparique, me faça miminhos, me dê carinhos, me enxugue estas lágrimas que teimosamente não param de correr.
Sabes às vezes tenho medo do tempo, que me leve um pouco de ti a cada dia que passa, tenho medo de não me lembrar de como era bom sermos um só, tenho medo de não ter tempo para me recordar do tempo em que as coisas eram tão...boas, simples, normais.
Mas o tempo, também me trouxe muitas coisas boas, avivou outras, e aproximou ainda mais umas quantas, e hoje quero falar-te mais uma vez de como o tempo se encarregou de me mostrar que sou um gajo com sorte.
Há uns dias fui “alentejanar” e aproveitei a viagem para “ribatejanar” e eis que o tempo me deu oportunidade de fazer este boneco e conseguiu meter cá três seres muito especiais, tão especiais que nem eles sabem quanto, embora com o tempo eu lhes diga muitas vezes isso mesmo.
Mas sobretudo porque eles e outros como eles continuam a ter tempo para me aturar...
SOU UM GAJO COM SORTE.

7 comentários:

zmsantos disse...

O tempo também se engana.

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Outro gajo com sorte.

Cravo a Canela disse...

O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós

O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem principio nem fim
Meu amor, tu cabes dentro de mim

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

"Eternamente Tu" - Jorge Palma

Troquem a palavra "Amor" por "Amigo" e está tudo dito.

Anônimo disse...

Está muito bonito, como sempre...
parabéns !

MisteriosaLua disse...

A amizade poderá não fazer O Milagre, mas faz muitos milagrezinhos!

Anônimo disse...

Olá aos dois. Espero que estejam bem. O que dizer do novo post? Hoje a musa abandonou-me, mas apesar de parecer e ser foleiro...hoje só posso dizer... É lindo... Bem hajam pelas belas palavras de carinho e amor com que contagiam todos aqueles que leêm o vosso blog. Bjs
Rute Ferreira

Anônimo disse...

Olá Stôr Dionísio
A Blogosfera tem destas coisas, dei por mim a navegar e a dar de caras com uma cara conhecida. Sinto muito a vossa perda, e pelas minhas contas a pessoa que sempre o acompanhou e para quem faz este lindo Blog é uma velha conhecida que um dia entrou escola Ginestal Machado dentro reclamando o "borracho" para ela. Lembro-me do dia em que se despediu de nós e de como os seus olhos brilhavam de felicidade ao lado dela no almoço na Casa do Campino, bem como das lágrimas que ficaram por se separar de nós.
Obrigado por tudo o que nos transmitiu e ensinou, e espero muito sinceramente que esta seja apenas uma fase passageira.
Isabel
12º TPCG

Zé dos Anzóis disse...

Obrigado Isabel, não imagina como é bom ler as suas palavras, já passaram muitos, mas mesmo muitos anos, desde que nos vimos pela última vez, mas jamais irei esqueçer-vos a todos, aos meus quinze magnificos e sobretudo a si, provavelmente a mais leal e dedicada aluna que encontrei nos dois anos maravilhosos que passei na capital Ribatejana.
De si, lembro-me sempre desse sorriso franco e aberto, e dos seus olhos (azuis e muito bonitos) sempre atentos a cada palavra que eu dizia, e se motivos outros não houvessem, como poderia esqueçer a única aluna a quem eu e o colega de matemática demos vinte valores num 12º ano.
Obrigado pelas palavras, pelo carinho e pela amizade.
deixo o meu contacto : dionisio_simoes@msn.com.